Setembro soa a recomeço, a renovação. Se este é o momento de reforçar a sua equipa de trabalho, considere repensar as estratégias de recrutamento, adotando um procedimento mais inclusivo e promotor da diversidade na sua organização.
Como resultado da globalização, aumentam as interações entre pessoas de culturas, crenças, identidades e origens diversas, que se tornam parte de uma economia mundial em que a competitividade pode surgir de qualquer canto do planeta (Mazur, 2010).
Assiste-se, pois, à diversificação do perfil de quem consome, mas também da força de trabalho, de um modo geral. No entanto, o reconhecimento e valorização desta diversidade nas organizações e na sociedade parece não acompanhar este processo de mudança (Mendonça et al., 2019).
Integrar pessoas de múltiplas culturas, origens étnicas, idades, géneros, orientações sexuais, nacionalidades, background socioeconómico e capacidades nas organizações pode ser enriquecedor e potenciar a criatividade e abertura à mudança, o que, por si só, será, certamente, um fator de competitividade. É necessário, porém, uma profunda compreensão e apreço pelas diferenças entre os indivíduos, para uma adoção efetiva de políticas e práticas de inclusão da diversidade capazes de assegurar que cada pessoa é tratada com dignidade. E, ainda, que esta atitude seja partilhada não só pelo pessoal da organização, mas também difundida junto de clientes e entidades fornecedoras e parceiras.
Os processos de recrutamento e seleção podem ser uma oportunidade de abrir portas à diversidade, na medida em que permitem encontrar profissionais com diferentes experiências para consolidar as equipas de trabalho. Apostar em técnicas de recrutamento às cegas, para evitar o efeito de preconceitos baseados na aparência ou condição física de alguém; usar metodologias objetivas para avaliar as competências que procura nas pessoas que se candidatam; e criar uma cultura organizacional de respeito pela diversidade para permitir a integração plena da pessoa recém admitida são exemplos daquilo que as empresas podem fazer para se tornarem mais diversas e inclusivas.
Com o objetivo de auxiliar as empresas a medir e combater as desigualdades nos contextos de trabalho, o projeto bridGEs oferece acompanhamento técnico especializado às organizações do Alto Minho que implementam ou pretendam implementar medidas promotoras de igualdade e inclusão. Promovido pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto e operado pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, BridGEs – Empresas do Alto Minho pela Igualdade de Género é um projeto do Programa Conciliação e Igualdade de Género do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu – EEA Grants.